segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Haute Couture.

Quando a gente pensa em alta-costura, logo vem na cabeça: glamour, moda sob medida e sofisticação, não é mesmo? Acontece que pra uma roupa poder ser considerada "alta costura" não basta ser um vestidão-chamativo belicismo e super caro, tem uma série de critérios técnicos a serem seguidos na fabricação da peça.

Os ateliês têm que ter uma ótima qualidade de artesanato, os tecidos e os materias usados devem ser super nobres, a mão-de-obra é especializada, bem refinada e super capacitada, se leva horas pra fazer um único vestido (mais ou menos 150 horas de trabalho!) - numa jornada normal isso significa quase 26 dias!
Além dessas regras de "produção" os estilistas de alta-costura têm super que obedecer às regras estabelecidas pelo Chambre Syndicale de la Couture Parisienne – que é tipo um conselho que reúne 13 maisons de alta-costura, como Balmain, Dior, Lacroix, Givenchy, Valentino e Versace.
As regrinhas básicas: empregar um mínimo de quinze pessoas nos ateliês, fazer desfile de moda a cada estação em Paris - com o detalhe de que cada coleção deve ter no mínimo 35 modelos para o dia e para a noite, e mais: a marca que cria peças haute-couture tem que ter uma loja (que não vale ser alugada, tem que ser de propriedade da grife) numa determinada região de Paris chamada triângulo da alta-costura.
E a gente se pergunta: mas porque tantas restrições? Acontece que durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler quis transferir a capital da moda para Berlin e Viena. Os costureiros de Paris, então, se reuniram no sindicato pra patentear a alta-costura e aí, criaram essas maxi regras pra que ela só pudesse existir na capital francesa! Espertinhos, não?

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